#foodie: Posto 94

7/30/2017

Eu, viciada em sushi, me confesso. Ultimamente tenho procurado explorar novos restaurantes e por outras paragens. Sobretudo, porque me tenho sentido muito preguiçosa no que a saídas, passeios, convívio e afins diz respeito. Até nas "idas ao sushi" me tornei preguiçosa. Tenho um restaurante próximo do meu triângulo dourado - que é como quem diz: casa, trabalho e ginásio - e que tem uma boa relação qualidade-preço e por norma dou lá um pulo ao almoço ou aproveito o take-away quando sinto cravings de sushi - o que é frequente. Levo a minha caixinha para jantar, sento-me no chão da sala e como sossegada em frente à TV (manias e o meu maior guilty pleasure!). Sushi é a minha grande paixão gastronómica, o que como sem olhar a quantidades, a restrições dietéticas e, às vezes, sem olhar a preços. Portanto, foi numa lógica de descoberta  e combate ao "sedentarismo no sushi" que um dia desta semana fui conhecer o Posto 94.  
O Posto 94 fica situado em Matosinhos, bem próximo da praia. O espaço está decorado em tons claros e tem uma simplicidade requintada. É um espaço muito confortável, intimista e até romântico, ideal para um jantar a dois (sim, foi um desperdício ter ido sozinha... vicissitudes de ser solteira!). Apesar de ser um espaço descontraído, acaba por ter um toque formal, pelo que quando me sentei à mesa, agradeci ao Universo por ter seguido o meu instinto e trocar de roupa antes de almoçar, dado que tinha passado a manhã na praia em frente a lagartar ao sol. O serviço/atendimento é bastante cuidado e é feito de forma muito atenciosa. Optei pela oferta de menu de almoço, que inclui uma entrada, bebida e 16 peças de sushi (pareceu-me suficiente depois de ter comido um segundo pequeno-almoço na praia e de próximo da hora de almoço ter ainda devorado um pastel de nata a acompanhar um café. Às vezes pergunto-me se tenho um buraco negro no sítio onde deveria estar o estômago... Mas sejamos justos, 16 peças de sushi é suficiente para a maioria das pessoas!). 

A  refeição iniciou com a entrada que escolhi entre entre as três opções disponíveis - crepe de legumes, crepe de camarão ou gyosas. Optei pelos crepes de camarão. Tinham um sabor incrível, apesar de ser uma entrada muito simples: gamba envolta em massa de crepe, servida com molho agridoce. A massa tinha a textura certa e estava bastante crocante. Uma pequena maravilha para preparar o palato para o restante. 
Seguidamente, foi serviço o sushi, um freestyle de 16 peças, cuja variedade me agradou, sendo que 4 das peças eram sashimi. O peixe é saboroso e fresco e as peças que me foram servidas estavam deliciosas. Destaco como ponto positivo a quantidade limitada de peças quentes (é uma questão de gosto pessoal) e a simplicidade (aparente) das restantes peças, que sem grandes acrescentos (um dos maiores erros do sushi dito de fusão, na minha perspectiva, é ser usada uma quantidade absurda de molhos e outros ingredientes), permite apreciar a combinação dos ingredientes. Portanto, sushi bem ao meu gosto. 
Finalizei a refeição com uma sobremesa, que não estava incluída no menu. Das várias opções disponíveis optei pelo banoffee, uma sobremesa em camadas que inclui uma base de bolacha maria, leite condensado cozido, banana e iogurte grego guarnecido com raspas de lima .As raspas de lima fazem toda a diferença nesta sobremesa e conferem-lhe uma frescura irresistível. "E preços?", perguntam vocês. Nenhuma exorbitância. Penso que paguei um valor justo, considerando todos os factores que integram esta experiência (comida, serviço, localização, conforto do espaço). 
É sem dúvida um restaurante a revisitar!   



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